Gestão da mudança organizacional: o que é e como deve ser feita

Gestão da mudança organizacional: o que é e como deve ser feita

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O que faz com que uma empresa resista à passagem do tempo? São muitos os aspectos que fazem com que uma organização continue firme e forte no mercado apesar de todas as pedras que possam aparecer no caminho.

Além dos investimentos em infraestrutura, é preciso saber como administrar o patrimônio que realmente fará a diferença no resultado final: o capital humano. Mas como controlar um recurso tão independente quanto seus colaboradores?

Para vencer essa batalha, é só você mergulhar de cabeça no mundo da gestão da mudança organizacional. Está preparado?

Mudança organizacional: sempre em movimento

Não há nada mais prejudicial para uma empresa do que a persistência no ditado “em time que está ganhando não se mexe”. Toda organização é impactada pelo que acontece na economia e na sociedade. Ignorar esse fato é fazer com que sua empresa fique parada no tempo, perdendo em competitividade e acumulando estragos — você não quer isso, não é?

A gestão da mudança organizacional atua exatamente para evitar esse problema. Com uma visão macro do negócio, essa administração incentiva o estudo das transformações externas e de que maneira o público interno pode melhorar o seu dia a dia para que o público-alvo continue enxergando na sua empresa a solução perfeita.

Fale e faça acontecer

Se sua empresa mantém um discurso de inovação, mas não o aplica na prática, ela está comprometendo a própria credibilidade diante da equipe e do mercado. Apesar da semente da inovação vir de fora, é no lado de dentro que ela germina e acontece de verdade.

Para que isso se torne realidade, o primeiro passo é desenvolver uma cultura inovadora que estimule, prepare e evidencie os seus benefícios para os colaboradores em todas as esferas da empresa. Pegou o espírito da coisa? Então segura firme porque é ele que vai guiar o seu caminho daqui para frente.

Ver para crer

Antes de entendermos como desempenhar a gestão da mudança, é importante abrirmos um parêntese para destacar o papel do líder nesse processo. Tudo o que é novo assusta, principalmente quando isso tem potencial para colocar o nosso ganha-pão em risco. Mas se nós tivermos alguém em quem confiar, estaremos mais dispostos a adotar métodos que não conhecemos muito bem ou a compartilhar responsabilidades com outras pessoas.

Esse alguém, como você deve ter adivinhado, é o líder. É ele quem vestirá a camisa da mudança e mostrará à equipe por que ela deve fazer o mesmo. No começo, será difícil convencer cada colaborador da sua importância para a inovação que a empresa pretende implantar. Por esse motivo, todos os gestores devem estar sincronizados com o propósito da mudança para que eles consigam passá-lo adiante da maneira mais clara e sincera possível. Só esse vínculo emocional manterá a equipe unida e motivada para fazer o novo se transformar em realidade.

Como implantar a mudança organizacional?

Tudo começa com um processo de autoconhecimento empresarial, quando será necessário identificar os pontos falhos da organização e dos funcionários para, em seguida, saber o que precisa ser feito para corrigir os itens encontrados. Tenha em mente que esse é um trabalho que poderá afetar todos os setores da empresa: desde o departamento de recursos humanos até o de relacionamento com o cliente.

Outro fator crucial para o bom desempenho da gestão da mudança é saber quando agir. E acredite: existe um momento certo para isso. Se sua empresa parece caminhar sem sair do lugar, fique atento: esse é o sinal de alerta para mudar o jogo.

São três os pilares que vão sustentar com segurança esse novo jeito de gerenciar seu negócio. O primeiro é a comunicação, que atualizará seus colaboradores quanto aos próximos passos e sobre os resultados atingidos com o que já foi realizado — destacando a contribuição de cada um.

Logo depois vem o alinhamento, que nada mais é do que o “cara-crachá” entre metodologia e execução, desenvolvendo um clima de incentivo e transparência entre todos os envolvidos no processo — inclusive com o público-alvo, que passará a receber mensagens direcionadas para eles, com uma linguagem e veículos específicos, garantindo a eficácia na mensagem que a empresa deseja transmitir.

Por último, mas não menos importante, está a capacitação. Depois de fazer o estudo das necessidades da empresa, será necessário qualificar os colaboradores para que eles possam desempenhar bem suas novas funções. Aliás, essa etapa do processo é a que pode ser usada como argumento para aqueles funcionários que ainda não entraram no barco. A capacitação da equipe demonstra que, em vez de buscar outro profissional no mercado, a empresa prefere valorizar e investir no seu time de colaboradores.

Quem sai ganhando nessa história?

Todo mundo! Para os colaboradores, essa mudança renderá muitos benefícios diretos e indiretos, pois eles ganharão mais conhecimento em sua área, impulsionando o crescimento profissional, e verão seu esforço ser transformado em resultados reais.

Já para a empresa, os rendimentos vão além do aspecto financeiro: ela terá uma equipe mais bem treinada, motivada e harmonizada, um produto ou serviço competente e, para fechar o pacote, um cliente satisfeito e disposto a fazer com que a fama de sua empresa se espalhe por aí.

No âmbito empresarial, ainda há mais uma vantagem: como a empresa precisou se arriscar para tirar a ideia do papel, ela ganhou uma experiência valiosa para momentos de crise econômica. Muitas empresas não sobrevivem a essas fases por não saberem lidar com imprevistos. Já aquelas que investem na gestão da mudança organizacional pulam essa etapa e se concentram no mais importante: encontrar as oportunidades de negócio.

Não espere os sinais do atraso ficarem evidentes para tomar uma atitude, nem acredite que seu negócio está imune a tudo e a todos. Quando o assunto é a saúde organizacional, a gestão da mudança é o mecanismo que vai prevenir e desenvolver anticorpos para que a sua empresa tenha uma vida longa e próspera.

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