Big data: inovação ou invasão?

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Big data é o conjunto de soluções tecnológicas capaz de lidar com dados digitais, Tweets, posts do Facebook, vídeos, geolocalização, e-mails, transações bancárias e outras informações sobre o comportamento das pessoas na rede. A tecnologia permite analisar qualquer tipo de informação digital em tempo real.

O termo foi uma criação do Google, em 2005, mas só pegou mesmo em 2008, depois que o Yahoo aplicou a uma plataforma.

Big data está diretamente relacionado aos 5vs – volume (de dados), velocidade (que esses dados surgem na internet), variedade (de plataformas onde esses dados aparecem), veracidade e valor (relevância da informação). Neste conceito, é possível analisar praticamente tudo que está público: textos, imagens, vídeos, áudios e documentos.

A aplicação da técnica é muito ampla e particular para cada cenário. É necessário identificar de qual maneira ela irá auxiliar nos negócios, observando o comportamento dos usuários em relação à marca e facilitando a tomada de decisões.

Existem vários casos de aplicação do big data. A IBM, por exemplo, utiliza um supercomputador para scanear mutações genéticas e descobrir novos tratamentos para o câncer. Outra companhia tira fotos via satélite e vende a seus clientes informações em tempo real sobre a disponibilidade de vagas de estacionamento livres.

Nos tempos atuais, as informações devem ser tratadas como patrimônio e as empresas precisam ser criativas na hora de extraí-las. Fazer as perguntas certas para os usuários e saber analisar os dados recebidos através da rede, proporcionam maneiras de traçar estratégias ágeis e eficientes, inovando e satisfazendo seus clientes.

O big data torna o mercado mais competitivo, funcional e com ações mais rápidas.

Há o outro lado da moeda, aquele que diz respeito à privacidade dos usuários e de seus dados. Praticamente tudo que você faz na internet diariamente gera informações a seu respeito e isso circula entre várias empresas direta ou indiretamente e não sabemos ao certo como serão utilizadas.

Não é apenas na internet que pode acontecer, existe uma iniciativa que propõe melhorar a distribuição de energia para as casas, só que para isso, o big data informará quando uma lâmpada da nossa casa é acesa, quando tomamos banho ou usamos um aparelho eletrônico. Acha muita invasão?

No Brasil, o Marco Civil da internet tenta regulamentar a utilização dos dados pelas empresas. O documento traz determinações importantes para os provedores estrangeiros, exigindo que todos os serviços e aplicativos acessados por usuários brasileiros estejam em conformidade com a lei. As empresas que coletam e armazenam os dados estão sujeitas a uma série de sanções e até a suspensão das atividades no Brasil. A punição para o vazamento de informações pessoais encontra amparo não apenas no Marco Civil, mas também no Código Civil, na forma de indenização.

Lembre-se de que muitas das informações são fornecidas voluntariamente, como por exemplo, os dados que são preenchidos no Facebook ou opiniões expressas no Twitter, por isso, é recomendável cautela e atenção. O ideal é promover um equilíbrio entre o desenvolvimento de um modelo que traga benefícios com a análise de dados e os direitos individuais de privacidade.

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